terça-feira, 15 de setembro de 2015

Hora de celebrar a leitura

  
 
 
Um momento de festejar e de celebrar a leitura: é dessa maneira que o escritor Cesar Cardoso define a Festa Literária da EDEM Além de possibilitar a manifestação artística dos alunos, a troca de informações e o debate, o evento ainda tem literatura, tem teatro, coral, roda de samba, contação de histórias...Para ele, é realmente uma grande festa.


- Já participei de outras edições do Livro Aberto e fico sempre muito feliz. É sempre bom conversar com o leitor jovem; esses bate-papos alimentam o meu trabalho de escritor. Desta vez, no sábado, dia 3, pela manhã, vou participar de uma mesa chamada “O Rio e Seus Cenários”, junto com outros escritores, todos com livros que abordam de alguma maneira o Rio de Janeiro. No meu caso, tenho o livro "O Gigante do Maracanã", que conta a história de uma menina de uns sete anos que vai pela primeira vez ao Maracanã com o seu pai para assistir a uma decisão de campeonato. O estádio, mais do que um lugar, é um personagem da história - conta o escritor.

 
 
O livro, aliás, foi selecionado pela FNLIJ – Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - para fazer parte do Catálogo do Brasil para a Feira Literária de Bolonha, na Itália, em 2013, e agora, em 2015, foi selecionado para o acervo básico da FNLIJ.

Para Cesar, continuar escrevendo livros em tempos tecnológicos tem como primeiro desafio o mesmo de toda a humanidade: se inserir dentro deste mundo que surge e continuará surgindo.

- É fundamental aprender essas linguagens e saber transformá-las também. Por exemplo, estou fazendo um projeto de poesia “viva e se mexendo”, quer dizer, poesia que usa a linguagem digital e não pode ser vista num livro tradicional de papel. E também me parece que ainda vivemos a nova tecnologia, o mundo da cultura digital, entre a fascinação e a descrença e com pouca visão crítica dele. A nova cultura digital dificilmente irá destruir a cultura ocidental e tudo que acumulamos de saber até hoje. E dificilmente também irá levar todos ao nirvana ou a alguma espécie de céu social, eliminando magicamente as diferenças acumuladas por séculos de processos históricos - opina ele.
 
 
 
 

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